sexta-feira, 5 de maio de 2017

Resenha do Livro "O Auto da Compadecida"


Autor : Ariano Suassuna
Ano: 1956
Idioma: Português
Gênero: Comédia Dramática

Clássico


Auto da Compadecida é uma peça teatral em forma de auto, em três atos escrita em 1955 pelo autor brasileiro Ariano Suassuna. Sua primeira encenação foi em 1956, em RecifePernambuco. Posteriormente houve nova encenação em 1974, com direção de João Cândido.

     O Auto da compadecida, escrito por Ariano Suassuna, foi o meu primeiro amor, embora eu não seja um leitor assíduo e faminto. Tenho dotes peculiares no que se diz respeito a ser crítico e analítico. E se tratando de analisar e criticar esta obra começo dizendo que, uma boa obra é uma obra envolvente e por ser teatral, é digna de aplausos. Ela deve manter o encantamento, deixar que o leitor entre na história, fazendo-o ter anseio pelas palavras lineares escritas e não fadigá-lo.  Assim de forma bem crítica, darei características ao livro e citarei pontos que fizeram-me apaixonar-me pela obra.

          Mesmo antes de começar a lê-la, fiquei curioso em saber como é escrito um livro teatral - já que nunca tinha lido um - daí a curiosidade me dominou e logo abri o livro, pequeno, porém bem chamativo.  Observei que em modos de falas o livro era composto, pus-me a indagar: Seria pois bem feita a obra? Ou seria fadigante? Ler falas e falas das personagens. Comecei a devorar a obra e, imediatamente, fui chocado pela coerência entre as personagens e as formas de tratamento, a personalidade e o papel de cada um na história.   As minhas linhas de pensamento foram logo se fundindo com os caracteres da obra.

        O que mais me chamou atenção foi a diversificada personalidade das personagens: um mais atrevido e malandro, outro covarde, porém galante, e filósofo/poeta, o Padre e o Bispo corruptos, foram intrigantes,  pois eles, por representação, cominaram um papel avesso de suas características próprias dando mais emoção e humor a história.  Talvez, fosse um fato preocupante tornar Símbolos de santidade em meros corruptíveis, porém tudo se é revelado no julgamento deles.  Ah, o julgamento, a aparição de Jesus, Maria e o Diabo é o pico da obra, Eles foram primordiais em mostrar o lado bom e ruim das personagens, relembrando atos bons passados deles e julgando-os pelos méritos e atitudes boas e pelo sofrimento que passaram, dando mais emoção a obra, e revelando as tristezas do sertão, assim fazendo com que o leitor amasse todos independente de suas características boas e ruins. Até o Cangaceiro assassino cai na graça do Cristo e de Maria.
   
           Outro ponto da obra que me fascina é a raiz nordestina, palavras como : "descome", "faceiro" "peste", entre outras provam a genuinidade do modo de fazer a história, dando humor como o fator a ser mais observado.

           Por fim termino minha crítica, embora um pouco "influenciadora", dizendo que a obra de Ariano Suassuna encanta, e seus dotes e modos de escrever são excepcionais, não tenho pontos ruins para destacar, a obra começa bem, anda bem e termina bem, há picos altos e baixos, claro, como toda obra, porém o encantamento é constante e sua inferência é real.

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